Pedras não são obstáculos para Deus

As pedras nunca foram obstáculos para Deus. Não o foram em Betânia há dois mil anos. E não o foram na Europa há cem anos.

Ela era uma condessa de Hanover.

Se era conhecida por alguma coisa, era conhecida por sua descrença em Deus e pela convicção de que ninguém podia tirar vida de um sepulcro.

Antes de sua morte, ela deixou instruções específicas de que seu túmulo fosse selado com uma laje de granito; pediu que blocos de pedra fossem colocados ao redor de seu túmulo e que os cantos dos blocos fossem presos uns aos outros e à laje de granito por pesados grampos de ferro.

A seguinte inscrição foi colocada no granito:
"Este sepulcro, comprado por toda a eternidade, nunca deve ser aberto."

Tudo o que qualquer pessoa pudesse fazer para selar o túmulo foi feito. A condessa havia assegurado que seu túmulo servisse de zombaria para a crença na ressurreição.

Mas uma pequena bétula, entretanto, tinha outros planos.

Sua raiz conseguiu passar entre as lajes e afundar-se no chão. Com o passar dos anos, ela forçou passagem até que os grampos de ferro se soltaram e a tampa de granito foi erguida.

A cobertura de pedra descansa agora contra o tronco da bétula, o epitáfio jactancioso permanentemente silenciado pela obra de uma árvore resoluta... ou um Deus poderoso.

— Lázaro, vem para fora!

Só foi preciso um chamado. Lázaro ouviu seu nome. Seus olhos se abriram debaixo da faixa. As mãos enfaixadas se ergueram. Joelhos levantaram-se, pés tocaram o chão, e o morto saiu.


Max Lucado, em “Seis Horas de uma Sexta Feira”, Editora Vida, 1994.



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