Por João A. de Souza Filho*
Pastores algumas vezes me perguntam o que observar para
selecionar um líder de louvor e adoração. Embora a escolha do líder de adoração
seja do Senhor - e Ele nos surpreende algumas vezes - bons líderes de adoração
normalmente tem certos requisitos:
• Radicalmente salvos e andando consistentemente com
Cristo. Algumas igrejas, sentem-se apressadas para improvisar sua música, podem
se sentir tentadas a indicar líderes de louvor que tenham pouco fundamento
espiritual. Enquanto habilidade musical e experiência podem ser muito
importantes, isto não deve ser mais importante do que o caráter pessoal e o
relacionamento com Deus.
• Um dedicado estudioso da Bíblia. Nem toda
música cristã ou de louvor estão em linha com a Palavra de Deus. O líder de
adoração precisa estar fundamentado biblicamente para discernir com que tipo de
material, ele ou ela esta alimentando as pessoas.
• Ser capaz de liderar outros em oração. De tempo em
tempo, aqueles que estão no grupo de louvor irão inevitavelmente vir ao líder
com problemas precisando de oração. Grupos de adoração devem orar juntos antes
dos cultos, "Senhor, nós deixamos tudo que pode nos desviar de te
adorar". Com todas as atenções voltadas para o Senhor, eles podem sair e
liderar a congregação à presença de Deus.
• Um líder forte. Se o líder de adoração é
apático diante das pessoas, a congregação irá se sentir desconfortável e terá
dificuldades de entrar em adoração. As pessoas estão mais prontas a seguir
líderes que demonstram confiança e mostram que sabem onde eles estão indo.
Líderes de adoração precisam estar prontos para exercer autoridade em várias
situações: dizendo as pessoas que é tempo de parar de conversar e começar a
adorar; discernindo onde vozes de línguas ou profecias são realmente de Deus;
ou segurando alguém que esteja exagerando e distraindo outras pessoas.
• Um habilidoso músico ou cantor. Davi indicou
músicos que eram habilidosos. Isso não significa que é necessário uma graduação
em música; mas notas ruins e canções fora do tom devem ser evitados tanto
quanto for possível. Músicas com qualidade pobre é uma distração e desvia as
pessoas da adoração. Muitos músicos cristãos agem como se eles fossem tão
espirituais que não precisassem trabalhar suas habilidades ou treinar e ensaiar
suas músicas.
• Submisso à autoridade. Muitas igrejas tem sido
prejudicadas por líderes de louvor que tem suas próprias agendas. Líderes de
adoração são subordinados ao Ministério - Deus tem colocado pastores sobre nós.
Aqueles que acham que lideram melhor do que o pastor prega precisam lembrar que
Lúcifer teve uma decepção igual. Ninguém é mais prejudicial do que alguém que
está cheio de orgulho.
• Um líder de adoração precisa ser conhecedor do seu
pastor; sua personalidade, canções preferidas e a visão da igreja. Comunicação
é vital. O pastor deve ser conhecedor de qualquer acontecimento no departamento
de música. O líder de adoração precisa estar ligado com o que está sendo
pregado, assim as canções reforçarão as mensagens.
O líder de adoração precisa manter harmonioso o relacionamento
com o pastor. Eles devem sempre deixar o pastor em posição favorável diante da
congregação.
Um efetivo líder de adoração é não apenas alguém que é um
bom músico ou cantor que lidera pessoas nas canções. Liderar outras pessoas à
adoração requer, primeiro de tudo, que seja um adorador. Como nós genuinamente
e passionalmente adoramos ao Senhor, outros também irão compartilhar sua
presença.
Causas que podem contribuir para que o louvor não flua
nos cultos da Igreja
Sempre que estou participando de seminários com
dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional, a
questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da
igreja?
Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção:
pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não houvesse também pecado
entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja! Dias atrás tive que me
deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que os músicos ouviram do
líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre vocês! Esse tipo
de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a acusação
de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos,
estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos
gostaríamos.
Pecado
Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo
para a manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de
louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que
exercem liderança congregacional e se na equipe de louvor houver alguém que
vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se pregar o mais eloqüente
sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada acontecerá.
Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado
sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo
em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do
que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de
crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que a liderança está
praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de adultério, é bom
examinar o que está acontecendo com a liderança!
“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos
ouça" (Is 59.2)
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque
não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).
"Aos retos fica bem
louvá-lo" (Sl 33.1).
"Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na
minha retidão..." (Sl 35.27).
Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que
para seus talentos! A retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais
importantes para Deus que nossos melhores sacrifícios.
Falta de entrosamento entre os músicos
Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de
Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não
consegue fluir pela falta de entrosamento entre os músicos. A Escritura não
apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas mostra que, quando há um
perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente na reunião. Em 2
Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita sintonia musical e
espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos
tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados
com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em
perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes:
afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero focalizar a
importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus!
Falta de
entrosamento entre músicos e dirigente
Encontramos nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos
levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o canto, porque era
entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele
na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta
para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os
músicos e cantores do templo(Ne 12.42). Não adianta ter bons músicos e um
péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita coordenação entre
eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em que direção
devem seguir.
Falta de
entrosamento entre dirigente e congregação
Se a congregação não está acostumada ao dirigente e
vice-versa, se não houver um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também
não flui. O povo conhece o seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está num
bom mood, se está bem ou não. O dirigente também conhece a congregação e pode
detectar quando esta está cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc.
O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o
conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo
que já se acostumou com ele!
Esdras afirma que "os levitas ensinavam o povo na
lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o que se lia"
(Ne 8.7,8; 9.3-5).
O dirigente ensina a congregação e esta passa a fluir com
ele em tudo o que ele disser e fizer!
"Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes
ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos
o nome" (Sl 34.2,3).
Juntos eles glorificam a Deus!
"Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de
júbilo exultarão os seus fieis" (Sl 132.16).
Estafa, fadiga e
canseira dos componentes do grupo
Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi
foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas
uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma
hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários
cultos no mesmo dia!
Existe também um tipo de situação que deixa os músicos
abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança
pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem
pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a
plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados, instrumentos,
etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de Neemias os
levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada
um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança!
Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que
fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja.
É triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços
para se angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom
sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o
tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos
"fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias.
O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da
Igreja!
Estafa, fadiga e
canseira da congregação
E a análise tem que ser feita no âmbito físico e
espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por
problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado
espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo muito
prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que
ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos
pregados, etc.
Uma congregação que não tem expectativa do que vai
ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a
viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra
espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo
novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A
ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva,
de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente.
Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe
de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita
coreografia e poucos resultados espirituais!
"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós;
reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do
inglês.
Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo
ofereceu grandes sacrifícios
"e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande
alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de
Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12).
Donald Stoll escreveu o cântico, "Lançarei fora o
espírito pesado; me vestirei com as vestes do louvor; e assim eu entrarei na
presença do Senhor".
A congregação vive
alienada com tudo o que está ocorrendo
É possível que a turma do louvor esteja consagrada a
Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás,
mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se
consagra a Deus! São os alienígenas dominicais!
Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do
povo estavam participando de um grande avivamento espiritual. Desde os dias de
Samuel não se experimentava um tipo de avivamento como o daqueles dias. Música,
danças, ministrações, o reino se firmando, mas Mical, estava alienada de tudo!
Enquanto Davi dançava com todas as suas forças, enquanto os sacerdotes tocavam
as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava, Mical desprezou tudo aquilo em
seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23).
Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por
toda vida por desprezarem o que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja
estéril não frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e envelhece sem
gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).
Cânticos difíceis
de serem entoados pela congregação
Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem
métrica; músicas cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem
definição, etc. Há cânticos antigos com melodias difíceis de serem entoadas mas
que têm definições, como Ao Deus de Abrão Louvai, Castelo Forte, e no entanto,
muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, truncada; e cânticos assim
impedem o fluir do verdadeiro louvor.
Nossos dirigentes de louvores precisam entender que nem
todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são escritos para
solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por toda a
congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a
congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem
tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser
evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o povo cantar Um bom líder saberá
definir o que o povo deve cantar.
Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários
autores, e não apenas de um só compositor, pois estes têm a tendência de
viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um mesmo autor,
às vezes, é enfadonho.
"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço!
Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17).
Se todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão
e melodicamente aceito.
"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este
cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou
gloriosamente" (Ex 15.1).
Novamente um cântico acessível a todos.
Hinos difíceis de
serem tocados pelos músicos da igreja
Convenhamos: nem toda igreja tem músicos profissionais. A
maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça, que quer aprender,
que se esmera no que faz, mas não é formada em música. Consequentemente,
determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. Agregue-se a
isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados em
solo estrangeiro são "incantáveis" pela média de nosso povo e
"intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas péssimas traduções
ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma original os
tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem beleza
alguma!
Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações
pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar
músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os americanos cantam
muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem tocadas por nossos
músicos e cantadas pela igreja!
"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com
júbilo" (Sl 33.3)
Falta de sensibilidade dos músicos e dos
dirigentes ao Espírito Santo
Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele
estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito
Santo quer para o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir
deixando a igreja livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um
outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos
aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com
poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique
dando manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda!
Davi ouvia a Deus:
"Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o
poder pertence a Deus" (Sl 62.11).
A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que
Paulo pergunta: "Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como
Paulo que queria ir para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer
também com os dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o
Espírito Santo tem outra bem melhor (At 16.6-10).
Falta de resposta
da congregação ao dirigente
Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele
caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o
dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o
dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a
congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo
98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras
de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso!
Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não
atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal
do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos de lesma! Os jovens
estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se em bancos de
geladeira.
Falta de motivação
da Igreja
Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz
Davi:
"Tu és motivo para os meus louvores
constantemente" Salmos 71.6.
Ou como ele afirmou noutro lugar:
"Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na
casa da minha peregrinação (Sl 119.54).
Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado
unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).
A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os
bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício de adoração.
Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne, mas o
verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o
grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo
depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais.
Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus
como inspirador de seus louvores.
Alienação total
dos dirigentes, músicos e pastores
Com freqüência observo que os pastores costumam ficar
totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores
estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em
algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor
atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja
completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a
dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar,
porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz
questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos
guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a
seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e
ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um participante de
nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não
flui..."
*Autor da trilogia: O Ministério de Louvor da Igreja; O
Louvor e a Edificação da Igreja e Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja,
todos editados pela Editora Betânia de Belo Horizonte.
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