
Ele estava chegando a tarde em casa e ao longe se ouvia o som de música e festa.
Talvez não fosse um dia comum para aquilo acontecer e curioso para saber a motivação da festa mais que depressa busca saber o motivo da euforia.
- É teu irmão!- Responde um criado.
- O que tem ele? Morreu - Pergunta já tenso.
- Não! Ele voltou!
Aquelas palavras doeram mais do que uma bofetada no rosto.
Por que o pai daria uma festa ao filho que o tinha por morto no coração, afinal só se recebe herança quando este vem a falecer?
O irmão do pródigo mais que depressa pede uma audiência com o pai e quando este chega ele não pede a benção, não diz boa tarde ou como vai o senhor.
- Há tantos anos eu te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos. Agora este teu filho, que desperdiçou seus bens com prostitutas, mandastes matar o melhor animal para fazer baquete?
O pai sábio e amoroso devolve.
- Meu filho. Você sempre está aqui comigo. Tudo que é meu é teu!
Um dos maiores problemas do irmão do pródigo era a mentalidade de escravo que ele tinha. Apesar do pai ter vários empregados ele fazia questão de estar entre eles no árduo trabalho. Sua preocupação era em não desagradar o pai como o irmão mais novo que saiu de casa.
É no ponto da audiência com o pai que percebemos sua mentalidade de escravo pois ele era dono de tudo mas precisava que o pai desse um cabrito como recompensa para ele se divertir com os amigos.
Um filho obediente poderia chegar no pai e pedir: "Pai, estou feliz e gostaria de fazer um churrasco para meus amigos, posso matar um dos nossos animais?"
Ele pensava que se o pai não tinha dado era porque ele não merecia e talvez trabalhasse todos os dias incansavelmente para agradar o pai a ponto de merecer um cabrito.
O pai faz um lembrete para destituir essa visão de escravo: "Tudo que é meu é teu!".
Vale neste ponto refletir sobre o que temos feito para Deus. Será que o que temos feito em sua obra não é apenas para ter uma palavra de aprovação do soberano? Será que não temos sido os melhores líderes, os melhores pregadores, os melhores pastores apenas para chamar a atenção de Deus e receber elogios dEle? Será que não nos sobrecarregamos de fardos com o intuito de mostrar quão forte são os nossos ombros?
Se um pródigo pisar hoje dentro de tua igreja e for honrado qual será tua posição?
É aí que você revelará se está agindo como filho ou como escravo.
Tudo que fizer, que seja por amor de filho e não pela necessidade de ser visto como um bom escravo
"Creio que o que está acontecendo não era intenção de vocês. Quem escolhe viver de acordo com seus planos religiosos tentando ser justo se desliga de Cristo e está fora da graça. Mas nós vivemos a expectativa de um relacionamento com o Espírito que satisfaz. Em Cristo, nem nossa religião mais criteriosa nem a indiferença quanto a obrigações religiosas significam alguma coisa. O que importa é algo mais íntimo: a fé expressa em amor." [Gálatas 5.4-6 //A Mensagem*]
"Aqui vai o meu conselho: vivam nesta liberdade, motivados pelo Espírito de Deus; só assim vencerão seus impulsos egoístas. Pois há em nós uma raiz de egoísmo que guerreia contra a liberdade do Espírito! Esta liberdade é incompatível com o egoísmo. São dois modos de vida opostos: não dá para viver com os dois. Por quê não escolhem o caminho do Espírito? Só por ele poderão fugir dos impulsos inconstantes de uma vida dominada pela Lei." [Gálatas 5.16-18 //A Mensagem*]
Em Cristo Jesus,
*A Mensagem: Bíblia em Linguagem Contemporânea / Eugene H. Peterson
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